domingo, 22 de setembro de 2013


Pequena Biografia de São Vicente de Paulo

Vicente de Paulo foi um francês que nasceu em 1581 na zona rural, numa família pobre, não miserável; foi batizado, viveu no meio de seus irmãos, trabalhou como pastor, estudou, ordenou-se Padre.  Inicialmente, teve um plano bem humano: mediante o sacerdócio, queria triunfar na vida.  Foi por isso que, provinciano, inteligente e ambicioso, subiu a Paris.  Era em Paris que Deus o esperava.

Vicente, por temperamento, era homem de ação, prático.  Chegou a ter um projeto: prolongar a Missão de Cristo, reproduzindo o estilo de vida missionária e fazer das virtudes que procurava praticar, meios para melhor evangelizar e servir os pobres.

Deus lhe falou e se lhe revelou no acontecimento.  Dando respostas a acontecimentos é que fundou a Congregação da Missão e a Confraria das Senhoras da Caridade; mais tarde, ainda através de acontecimentos, foi empreendendo, criando a fundação da Companhia das Filhas da Caridade, os Retiros dos Eclesiásticos, das Conferências das Terças-feiras, os Seminários, a Obra das Crianças Abandonadas etc.

Passava longas horas em oração (não é esta uma dimensão de S. Vicente que, por vezes esquecemos?).  Mas, rezando, não se perdia em considerações.  Chegava logo a resoluções concretas para o dia; mergulhava logo na vida.

Vicente começou a querer só uma coisa: imitar Jesus Cristo evangelizador, torná-lo para si, regra de conduta e ação.  Para isso, amou-O no pobre.  O Pobre para S. Vicente é Jesus Cristo hoje.  “Servindo o Pobre, serve-se a Jesus Cristo... Servis Jesus Cristo na pessoa dos pobres.  Isso é tão verdade como estarmos aqui”, ensinava às Filhas da Caridade.

Este homem que viveu quase 80 anos - 30 a mais que a maioria dos seus contemporâneos - era baixo: media 1m59cm.  Possuía uma forte musculatura e sofria e gozava, ao mesmo tempo de um temperamento sanguíneo e bilioso, sempre pronto a se manifestar.  Por isso, ensinou a mansidão como uma das cinco virtudes vicentinas.

Sua resistência ao cansaço era incrível.  Percorria quilômetros e quilômetros, a rédea solta... Não foi imune às enfermidades e violência da aventura humana: por exemplo, aos 25 anos recebeu uma flechada cuja ferida o fez sofrer durante muito tempo; certa vez, recebeu um forte coice de cavalo que quase o matou.  Apesar de todas as dificuldades físicas que a vida lhe impôs (queda de cavalo, febre constante, doença crônica nas pernas) nunca deixava de evangelizar, de pregar, de servir intima e diretamente ao Pobre.  Era um verdadeiro líder servidor e místico.

Em 1660, a 27 de Setembro, Vicente de Paulo morreu, rodeado de seus Padres e Irmãos, sentado numa cadeira de braços, após dizer pela última vez, o nome de seu grande amor: Jesus.

O único objetivo de Vicente - homem que lutou, sofreu, rezou, vibrou, amou, serviu - foi aplicar-se a fazer de sua vida um dom total a Deus: dom a Deus que se tornou concreto na evangelização e no serviço corporal e espiritual a Cristo-pobre, a Cristo nos pobres e aos pobres em Cristo.  Esses pobres eram verdadeiramente, para eles, seus senhores!

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